A região de Quixeramobim, segundo a tradição, era habitada pelos índios quixarás. Os primeiros descendentes de europeus a se estabelecerem na área vieram do Jaguaribe, seguindo o Rio Banabuiú. Entre eles estavam as famílias Correia Vieira, de judeus portugueses sefarditas, e Rodrigues Machado, que fundaram fazendas de criação. Tudo indica que a povoação de Quixeramobim possa ter se originado dessas fazendas.
Em 7 de novembro de 1702, o Capitão-mor Francisco Gil Ribeiro concedeu as primeiras sesmarias às margens do Rio Ibu, atual Rio Quixeramobim. Entre os beneficiados estava o alferes Francisco Ribeiro de Sousa, cujas terras passaram para Gil de Miranda e sua esposa Ângela de Barros, além do padre Antônio Rodrigues Frazão. Posteriormente, o Capitão Antônio Dias Ferreira adquiriu essas terras e fundou a fazenda “Boqueirão de Santo Antônio”, onde iniciou a construção de uma capela dedicada a Santo Antônio de Pádua em 1730.
Antônio Dias Ferreira acumulou grande fortuna, possuindo vastas terras e fazendas de criação de cavalos e mulas, além de feitorias de escravos de Angola. Ele construiu a capela com grande empenho e magnificência, trazendo artistas de Portugal para a obra. Em 15 de novembro de 1755, a capela foi elevada à categoria de matriz, com a criação da paróquia por provisão do Frei Manuel de Jesus Maria, autorizado pelo bispo de Pernambuco, D. Francisco Xavier Aranha.
Em 22 de fevereiro de 1789, a povoação de Santo Antônio do Boqueirão de Quixeramobim foi elevada à categoria de vila, denominada Nova Vila do Campo Maior. A primeira câmara municipal foi composta por juízes, vereadores e outros oficiais. Quixeramobim também foi palco de importantes eventos históricos, como a Confederação do Equador em 1824 e as lutas entre Araújos e Maciéis na terceira década do século XIX, descritas em “Os Sertões” de Euclides da Cunha.
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